Bem vindo ao nosso espaço de reflexão!

... existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, e exige dele novo pronunciamento. (...) Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. (FREIRE, 1979, p. 92)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CONTRIBUINDO NO DESPERTAR DE CONSCIÊNCIAS

    Por maiores que sejam as dificuldades ao longo do nosso trabalho como educadores, não podemos em hipótese alguma, deixar de fazer a nossa parte no que diz respeito à formação do educando, seja ele da área rural, urbana, índígena, etc. Para que possamos despertar consciências, é preciso antes despertar a nossa. Se estou em sala de aula e não tenho nenhuma formação que seja adequada à realidade em que trabalho, preciso repensar a questão da minha formação, até porque estou lidando com o presente e principalmente o futuro de seres humanos, e quando lidamos diretamente com isso, é preciso se levar a sério esse papel que nos dispomos a fazer. Não digo que tudo isto é fácil, também não conheço ninguém que afirme isso, mas também sei que não há vitória sem luta. É preciso que não só nos capacitemos, mas que também possamos fazer realmente um bom uso dessa capacitação onde possamos principalmente compartilhar e construir um conhecimento que possua significado para o educando onde "a construção da idéia do amanhã, não como algo pré-dado mas como algo a ser feito, o leva à assunção de sua historicidade sem a qual a luta é impossível. É por isso que lutar é uma categoria existencial e histórica, algo mais do que puro engalfinhamento." ( FREIRE, 2000: 99 ).
Que não desistemos de lutar então!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

II SEMINÁRIO Educação do Campo e Contemporaneidade

Foi realizado entre os dias 22, 23 e 24 de setembro o II Seminário Educação do Campo, com o tema Educação do Campo e Contemporaneidade: mudança, afirmação e desafios. O II Seminário trata-se de "uma iniciativa do grupo de Pesquisa Educação do Campo e Contemporaneidade, vinculado ao PPGEduc - Programa de Pós- Graduação em Educação e Contemporaneidade da UNEB (Universidade do Estado da bahia)"

O Seminário cumpriu com os objetivos delineados:

Objetivo Geral: Promover o encontro com pesquisadores e educadores do campo para socializar as pesquisas e experiências, bem como, aprofundar o debate sobre educação do campo e contemporaneidade a partir das temáticas: Campo como um Espaço de Vida; Educação do Campo e desenvolvimento; Educação do Campo, Memória e Diversidade dos povos do campo e Educação e Movimentos Sociais do Campo.

Objetivos específicos:

• Reunir pesquisadores e educadores da Educação do Campo para apresentarem e debaterem os estudos e experiências desenvolvidas no âmbito local, regional e nacional;
• Articular com os participantes a constituição de uma rede regional de pesquisadores e educadores do campo;
• Estabelecer formas e meios, de modo permanente, de socialização e divulgação das pesquisas e experiências em educação do campo.

Foi um momento bastante significativo para os que participaram.






quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sabe-se que a educação é um fator imprescindível  à vida em sociedade e, é através dela que os indivíduos se apropriam dos conhecimentos historicamente construídos, seja ela a educação formal (escolar) ou a informal (religiosa, familiar), ganhando, assim, as habilidades necessárias para a sua melhor adequação ou meio em que vive.

A educação formal já existe há muito tempo, porém tornou-se mais decisiva, devido, o surgimento da industrialização que buscava preparar uma grande massa trabalhadora para encarar as novas tecnologias. Assim, a partir desta era o ensino escolar ficou subentendido como uma necessidade da vida moderna, uma propriedade de quem vive na cidade já que a industrialização tornou-se a sua marca principal.

Sendo, assim, há alguns lugares onde a educação escolar foi por muito tempo renegada. Destaca-se, aqui dentre eles a zona rural onde por longo período se acreditou que as pessoas que nela moram não precisam de escolarização porque as atividades que elas desenvolvem exigem mais esforço físico que intelectual e, como mostra o parecer de numero 36/2001 do Conselho Nacional de Educação que ate o início da década de XX

A ausência de uma consciência a respeito do valor da educação no processo de constituição da cidadania, ao lado das técnicas arcaicas do cultivo que não exigiam dos trabalhadores rurais, nenhuma preparação, nem mesmo a alfabetização, contribuíram para a ausência de uma proposta de educação escolar voltada aos interesses dos camponeses”.

Contudo, esse pensamento foi sendo vencido devido a crescente valorização do homem do campo e a consciência de que ele é parte integrante no todo que é a sociedade.

 Há aproximadamente oito décadas, no Brasil, se desenvolveu projetos e, conseqüentemente, se executou alguns benefícios relativos à Educação do Campo. Contudo, os investimentos, destinados a essa área educacional, pela união, eram e continuam sendo insuficientes para garantir uma educação de qualidade que atenda às reis necessidades e interesses dos cidadãos campesinos. Percebeu-se que além da precariedade da educação do campo, como comumente se vê nas diversas regiões do país (escolas com estruturas físicas inadequadas e de difícil acesso, professores com pouca formação, etc.) são trabalhados conteúdos relacionados mais a realidade citadina do que a cultura local em que a escola está inserida. E este cenário, contribui tanto para dificultar o processo de aprendizagem, quanto para perdurar a ideologia dominante que concebe a vida no campo como lugar inferior dando destaque a vida urbana, possibilitando um dos grandes problemas no seio da sociedade, o êxodo rural que desencadeia a superlotação das cidades que acabam não atendendo toda essa demanda.

É fundamental que a educação, voltada para o campo, seja pensada tendo como prioridade um ensino que possibilite ao cidadão campesino entender o valor de sua cultura, descobrindo, a partir de políticas de conscientização, caminhos de aproveitamento de riquezas materiais e imateriais do seu meio. Foi pensando nisso que o artigo 28 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, permitiu despontar para uma visão ampla quando exige a que o currículo para a educação do campo seja pensado a partir das peculiaridades que circundam as localidades. Está assim:
“Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.”

 A cultura local, nesta perspectiva, será estimada, possibilitando ao educando a consciência do valor das atividades que são desenvolvidas em seu ambiente, o sentimento de pertencimento e ao mesmo tempo uma formação que lhe garanta atuar em qualquer âmbito da sociedade.




(Ministério da educação - Conselho Nacional de Educação; parecer numero 36/2001; assunto: Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo)



Melques Menezes

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Paulo Freire, um pensar para o campo

Pensando nesta situação de exploração do trabalhador e nas condições que oportunizam uma educação conscientizadora, Paulo Freire (2007) nos possibilita observar o sistema educacional da sociedade brasileira, dentro do processo de mudança, quando identifica a educação como elemento fundamental para o sujeito do campo ou da cidade. E considera como necessidade primordial dessa mudança, a leitura de mundo com o sujeito que aprende, mas que também ensina. Ele desenvolveu uma metodologia de ensino para a alfabetização e conscientização do trabalhador do campo que partia dessa leitura de mundo. Uma iniciativa surgida na década de 50, que continua presente na ação educativa de muitos professores do campo e da cidade. Ao fazer uma apologia a educação da cultura dominante comentava Freire:
Na concepção bancária a educação é o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos; Se o educador é o que sabe, se os educandos são os que não sabem, cabe aquele que dá entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos. Saber que deixa de ser "experimento feito" para ser experiência narrada ou transmitida"

(p. 59, 60).ttp://br.monografias.com/trabalhos915/educacao-campo-politicas/educacao-campo-politicas2.shtml

Postado por Amanda Silva

Falta de politicas para o campo

De forma que, a educação do campo tem se caracterizado como um espaço de precariedade por descasos, especialmente pela ausência de políticas públicas para as populações que lá residem. Essa situação tem repercutido nesta realidade social, na ausência de estradas apropriadas para escoamento da produção; na falta de atendimento adequado à saúde; na falta de assistência técnica; no não acesso à educação básica e superior de qualidade, entre outros.

http://br.monografias.com/trabalhos915/educacao-campo-politicas/educacao-campo-politicas.shtml
Postado por Adalice Barreto

Política Publícas: Educação do Campo

Escola Ativa - Programa buscar melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo. Entre as principais estrategias estão implantar nas escolar recursos pedagógicos que estimulem a construção do conhecimento do aluno e capacitar professores.


Postado: Almira Moreira, Jucinete Rangel.